APLICAÇÃO DA BIORREMEDIAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Autores

  • Kátia Maria Gomes Machado Universidade Federal de Minas Gerais
  • Edileine Aparecida do Nascimento Universidade Católica de Santos
  • João Carlos de Souza Batista Araujo Universidade Católica de Santos

DOI:

https://doi.org/10.58422/releo2016.e687

Palavras-chave:

Descontaminação ambiental, Poluição, Hidrocarbonetos.

Resumo

Os resíduos da atividade industrial afetam diretamente os ecossistemas
naturais, poluindo os recursos hídricos e degradando o solo com substâncias
tóxicas. Nesse contexto, a biorremediação vem sendo avaliada como
uma nova estratégia para reduzir ou eliminar compostos orgânicos e inorgânicos,
nocivos ao meio ambiente e à saúde humana. No Brasil, a biorremediação
tem sido pouco aplicada, embora exista potencial real para a
aplicação desta tecnologia para a descontaminação de áreas contaminadas
com diferentes compostos tóxicos e recalcitrantes, como organoclorados
e petroderivados. O presente trabalho apresenta a situação atual do uso
da biorremediação por empresas do Estado de São Paulo, com especial
atenção para sua aplicação na recuperação de áreas contaminadas com
petróleo e seus derivados. As empresas que atuam com biorremediação
no Estado de São Paulo foram identificadas por meio de pesquisa na internet.
Foram aplicadas entrevistas estruturadas com representantes das
empresas para a coleta de informações buscando identificar as estratégias
de biorremediação que estão sendo aplicadas, principais contaminantes
e os fatores que limitam a implementação da biorremediação no estado.
Foi feito ainda uma comparação do custo da remediação de solo de um
posto de gasolina contaminado com petroderivados, empregando uma estratégia
convencional (extração multifásica) e a biorremediação otimizada
in situ. Foram identificadas 32 empresas atuando no mercado da biorremediação
no Estado de São Paulo e 15 delas contribuíram com as informações
solicitadas. Foi possível constatar que as empresas estão aplicando
variadas técnicas de biorremediação, com ênfase para a atenuação natural
e a biorremediação otimizada com oxigenação e adição de nutrientes. Os
BTEX (Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xileno) e os hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos estão entre os contaminantes mais tratados por
processos de biorremediação no estado. O tempo de operação do sistema
e a dificuldade de adquirir equipamentos e insumos foram apontados
como os principais fatores limitantes para o emprego da biorremediação
no estado de São Paulo. Em relação ao custo operacional, o estudo comparativo
evidenciou a grande vantagem da biorremediação, com custo 53%
menor que a extração multifásica.

Biografia do Autor

Kátia Maria Gomes Machado, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduação em
Ciências Biológicas
- Licenciatura e
Bacharelado pela
Un i v e r s i d a d e
Federal de Minas
Gerais (1985),
Mestrado em
Ciências Biológicas
(Microbiologia)
pela Universidade
Federal de Minas
Gerais (1991) e
Doutorado em
Ciências Biológicas
(Microbiologia
Aplicada) pela
Universidade
Estadual Paulista
Júlio de Mesquita
Filho (1998). É
Assistente Doutor
da Universidade
Católica de Santos,
onde exerce a
Coordenação do
Curso de Ciências
Biológicas (2014-
2017) e é membro
eleito do Conselho
de Ensino e Pesquisa
(CEPES) como
representante do
Centro de Ciências
da Educação e
Comunicação (2014-
2017).

Edileine Aparecida do Nascimento, Universidade Católica de Santos

Aluna do Curso
de Engenharia
Ambiental da
Universidade
Católica de Santos.

João Carlos de Souza Batista Araujo, Universidade Católica de Santos

Aluno do Curso
de Engenharia
Ambiental da
Universidade
Católica de Santos.

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Publicado

2017-08-01