ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA: A CONSTRUÇÃO DAS MASCULINIDADES NO COTIDIANO DA PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA
Palavras-chave:
Sexualidade, Masculinidade, Cotidiano, Escola Família Agrícola.Resumo
O presente artigo faz parte da pesquisa de mestrado realizada em uma Escola Família Agrícola (EFA-PURIS), localizada na Zona da Mata de Minas Gerais. Os temas afetividade e sexualidade enquanto conteúdos formativos realizados na Escola foram analisados em levantamentos de dados feitos junto a estudantes, monitores e direção da EFA. O objetivo deste artigo é trazer as análises do universo masculino e amizades masculinas que se dão na Escola conforme justificado na metodologia deste artigo. As observações do cotidiano e os depoimentos foram coletados de maneira informal, por meio de vivências e diálogos livres, ou de entrevistas semi-estruturadas. Indagada sobre os temas, originalmente, a preocupação da gestão pedagógica da Escola foi com o que chamaram de exageros nas condutas dos estudantes. Para tanto, disseram que lançavam mão das regras cotidianas, criadas para controle e vigilância já que estes jovens (rapazes e moças) permanecem 15 dias morando na escola, alternando com os 15 dias em casa. Assim, a angústia dos gestores era quanto à dúvida em como lidar com os jovens sem cair numa repressão, pois acreditavam que, assim, não educariam. O que se percebeu no decorrer da pesquisa é que os garotos vivenciavam um cotidiano intenso em interações que se tornavam referência na formação de suas identidades. Em razão da forma pela qual a Escola surgiu, ou seja, por meio de uma ação organizada dos pais, a disciplina e o controle colocam-se como desejo, mas, ao mesmo tempo, desafio.
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