Apresentação do Dossiê: Formação de Professores: pedagogia, crescimento emocional e paixão docente
Coordenação: Pedro Demo; Renan Antônio da Silva e Maria Cecília de Souza Minayo
DOI:
https://doi.org/10.58422/repesq.2021.e1045Palavras-chave:
Dossiê, políticas públicas educacionais; educação e saúde; tecnologias digitais; educação inclusiva; processos formativos.Resumo
Ninguém será contra assumir a dimensão do amor como inspiração mais fundamental da pedagogia. Mas isto é bem diferente de exarar, pragmaticamente, uma pedagogia do amor, com reformulação, por exemplo, da práxis escolar. Quando assumimos a formação socioemocional na escola, parece consensual que não se reduz apenas ao lado da aceitação do outro, da harmonia ambiental, do entrosamento e qualidade de vida. Inclui, na mesma dimensão, a ambiguidade da vida, seus lados complicados, os conflitos, as lacunas, também os infindos problemas nesta área. Entendemos que seria afoito achar que, pregando o amor, vamos debelar os desafios socioemocionais na escola, porque uma política educacional não pode ser apelativa, moralista, simplista. Ao mesmo tempo que se inspira no amor como acatamento do outro, precisa dar conta dos problemas socioemocionais, dos desencontros, dos déficits, das depressões, dos desencantos. Por outra, seria antipedagógico montar uma política escolar apenas baseada nos problemas, só vendo problemas, como se os alunos só fossem problema. Aí entra Maturana, lembrando que a vida tem, em sua camada biológica, a inscrição da aceitação do outro, da convivência cooperativa e igualitária (Demo; Silva; Minayo, 2021, p.11)
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