Práticas de letramento na sala multifuncional da Escola Estdaual Indígena Tekator, Aldeia Mariazinha, Tocantinópolis (TO)

Autores

  • Gustavo Cunha de Araujo Universidade Federal do Tocantins - UFT http://orcid.org/0000-0002-1996-5959
  • Gracilene dos Santos Universidade Federal do Tocantins - UFT

Palavras-chave:

Educação. Letramento. Sala Multifuncional. Apinayé. Indígenas. Arte.

Resumo

A Educação Inclusiva surge com a proposta de incluir a pessoa com deficiência no ensino regular da educação básica. Para permanência desse aluno na sala regular, foi necessário a criação de salas especializadas, denominadas Salas de Recursos Multifuncionais, objetivando o auxílio no processo de ensino e aprendizagem dos indígenas com deficiências. A partir de uma perspectiva empírica e teórica, o estudo se fundamenta na abordagem qualitativa, do tipo etnográfico. O objetivo da pesquisa foi analisar como era trabalhada Educação Inclusiva na Escola Estadual Indígena Tekator, em um município tocantinense. Dentre alguns resultados, constatou-se que a educação inclusiva na escola indígena é trabalhada, basicamente, a partir de elementos visuais presentes na disciplina de Arte, como, por exemplo, vídeos, desenhos, pinturas entre outros, na perspectiva do multiletramento.

Palavras-chave: Letramento. Educação. Sala Multifuncional. Apinayé. Indígenas. Arte.

Biografia do Autor

Gustavo Cunha de Araujo, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Doutor em Educação pela UNESP. Mestre em Educação pela UFMT. Graduado em Artes Visuais pela UFU. Professor da Universidade Federal do Tocantins na graduação e no Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação. É docente vinculado também ao Programa de Pós-Graduação Profissional em Artes (IARTES/UFU).

Gracilene dos Santos, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Mestranda pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Graduada em Educação do Campo com habilitação em Artes e Música pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Referências

ALBURQUERQUE, F. E. A Educação escolar Apinayé na perspectiva bilíngue e intercultural. Goiânia: Editora da PUC Goiás, 2011.

ALMEIDA, S. A. A educação Escolar Apinayé de São José e Mariazinha: um estudo sociolinguístico. Goiânia: Editora América, 2012.

ALMEIDA, S. A. Etnossociolinguística e letramentos: contribuições para um currículo bilíngue e intercultural indígena Apinayé. 358f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

ARAÚJO, G.; SANTOS, G. Arte na aldeia: análise de uma experiência com indígenas Apinayé da educação especial. Eventos Pedagógicos, Sinop, v. 11, n.1, p. 42-64, jan./jun. 2020.

ARAÚJO,G. C. O letramento estético na consolidação dos processo de leitura e escrita de educandos jovens e adultos da Educação do Campo. 320f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Marília, 2018.

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1994.

BORBA, M. S.; ARAGÃO, R. Multiletramentos: novos desafios e práticas de linguagem na formação de professores de inglês. Polifonia, Cuiabá, v. 19, n. 25, p. 223-240, jan./jun., 2012.

BRASIL. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Documento Final da I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Brasília: SECADI, 2014.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB; DICEI, 2013.

BRASIL. Atendimento Educacional Especializado. Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1999.

BRASIL. Atendimento Educacional Especializado. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. Deficiência física. Brasília: MEC, 2007.

BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999. Fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das escolas indígenas e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1999.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: n° 4.024/61. Brasília, DF: MEC, 1961.

COSTA, C. M. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) na perspectiva indígena: um olhar para as práticas integradas na Escola Municipal Maria das Dores Borges. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba; Centro de Educação; Departamento de Educação do Campo, 2018.

GONÇALVES, M. Inclusão de pessoas com deficiência na Terra Indígena Xapecó: práticas e desafios para o povo Kaingang. 42f. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.

IAVELBERG, R. O desenho cultivado da criança: prática e formação de educadores. 2. ed. Porto Alegre, RS: Zouk, 2013.

IBGE. Os indígenas no Censo Demográfico 2010: primeiras considerações com base no quesito cor ou raça. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

KLEIMAN, A. B. Letramento na contemporaneidade. Bakhtiniana, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 72-91, ago./dez. 2014.

KLEIMAN, A. B. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das Letras, 1995.

LOURENÇO, D. S. Reflexões sobre contribuições da Teoria Dos Multiletramentos em aulas de Língua Inglesa e as (im) possibilidades de aplicação no ensino público. In: Anais...VIII Encontro de Produção Científica e Tecnológica: Paraná: Universidade Estadual do Paraná, 2013.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

MATTOS, C. L. G. A abordagem etnográfica na investigação científica. In: MATTOS, C. L. G. et al.(Orgs.). Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011, p. 49-83.

MOTERANI, N. G. O modelo ideológico de letramento e a concepção de escrita como trabalho: um paralelo. Acta Scientiarum. Language and Culture, v. 35, n. 2, p. 135-141, 2013.

NIMUENDAJÚ, C. Os Apinayé. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Belém: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 1956.

ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. São Paulo: Autêntica, 1995.

SOBRINHO, R. S. M.; SOUZA, A. S. D.; BETTIOL, C. A. A educação Escolar Indígena no Brasil: uma análise crítica a partir da conjuntura dos 20 anos de LDB. Poiésis, Tubarão, v. 11, n. 19, p. 58-75, jan./jun. 2017.

STREET, B. V. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. Trad. Marcos Bagno. São Paulo: Parábola, 2014.

TFOUNI, L. V. Escrita, alfabetização e letramento. São Paulo: Cortez, 1995.

UZÊDA, S. Q. Educação inclusiva. Salvador: UFBA, Faculdade de Educação; Superintendência de Educação a Distância, 2019.

Downloads

Publicado

2021-09-13

Como Citar

Araujo, G. C. de, & Santos, G. dos. (2021). Práticas de letramento na sala multifuncional da Escola Estdaual Indígena Tekator, Aldeia Mariazinha, Tocantinópolis (TO). EVISTA ELETRÔNICA ESQUISEDUCA, 13(30), 585–603. ecuperado de https://periodicos.unisantos.br/pesquiseduca/article/view/1057