O uso das ferramentas sociológicas de Pierre Bourdieu para a pesquisa da História Intelectual da Educação
Palavras-chave:
História da Educação, Intelectuais, Bourdieu, Pesquisa em EducaçãoResumo
O artigo pretende apresentar a teoria praxiológica de Bourdieu, que associa campo, habitus e capital, resultando numa determinada prática e que propõe uma análise do mundo social que rompe com a abordagem da fenomenologia e do objetivismo, como ferramenta heurística para estudos na seara de trajetórias na História Intelectual da Educação. Nos estudos que tratam de trajetórias, o habitus se torna uma categoria de análise fundamental, ao se referir não só ao indivíduo, mas também a um grupo ou a uma classe que o representa. A noção de campo suporta o de habitus e constitui-se noutra ferramenta importante. No campo há a distribuição de um capital específico (econômico, social-cultural ou simbólico) que determina a posição do agente. Entende-se por campo o espaço social de relações no qual são estabelecidos/impostos os critérios de nomeação, de classificação e de distinção social. Dessa forma, os agentes do campo orientam suas estratégias investindo em práticas que possam contribuir para o acúmulo de um determinado capital. Assim busca-se tornar compreensível uma existência singular, mais que a construção de exemplaridades destinadas a encarnar verdades. A pesquisa de intelectuais, portanto, não é a narrativa de um percurso individual estudado por si mesmo, mas um questionamento sobre o que tornou possível e pensável a trajetória em análise num dado contexto que é necessário reconstruir.
Palavras-chave: História da Educação. Intelectuais. Bourdieu
THE USE OF PIERRE BOURDIEU’S SOCIOLOGICAL TOOLS FOR THE STUDY OF THE INTELLECTUAL HISTORY OF EDUCATION
Abstract: The article aims to present Bourdieu’s praxeological theory, which associates field, habitus and capital, resulting in a certain practice and that proposes an analysis of the social world that breaks from the phenomenology and objectivism approach, as a heuristic tool for studies within the realm of trajectories in the Intellectual History of Education. In studies dealing with trajectories, the habitus becomes an essential category of analysis, by referring not only to the individual, but also to a group or a class that represents him/her. The notion of field supports the notion of habitus and constitutes another important tool. Within the field there is the distribution of a specific capital (economic, social-cultural or symbolic) that determines the agent’s position. The field is understood as the social space for relationships where the nomination, classification and social distinction criteria are established and/or imposed. Thus, the field agents guide their strategies investing in practices that may contribute to the accumulation of a certain capital. Thus, we seek to make a singular existence understandable, more than the construction of examples to embody truths. The study of intellectuals therefore, is not the narrative of an individual path studied per se, but a questioning about what has made the trajectory under analysis possible and thinkable in a given context that must be rebuilt.
Keywords: History of Education; Intellectuals; Bourdieu
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Revista Eletrônica Pesquiseduca, Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Católica de Santos (ISSN: 2177-1626) é detentora dos direitos autorais de todos os artigos publicados por ela. A reprodução total dos textos em outras publicações, ou para qualquer outro fim, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do editor. Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, mais de 500 palavras de texto, tabelas, figuras e outras ilustrações) deverão ter permissão por escrito do editor e dos autores.