Educação integral e tempo integral: a constituição de uma subjetividade preventiva

Autores

  • Rochele da Silva Santaiana Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
  • Veronice Camargo da Silva Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.58422/repesq.2020.e1010

Palavras-chave:

Educação Integral, Subjetividade Preventiva, Tempo

Resumo

O presente trabalho é resultado de uma pesquisa de campo realizada em dois municípios da fronteira oeste do Rio Grande do Sul que teve como objetivo geral analisar os discursos produzidos nas escolas sobre Educação Integral e Tempo Integral. Metodologicamente foram utilizados dois instrumentos de coleta de dados: entrevista e questionário com docentes dos dois municípios participantes. Foi possível inferir que estar mais tempo na escola permite investir na potencialidade dos sujeitos e considera-se, ao final, que a Educação Integral contemporânea se sustenta pela jornada ampliada na escola, como espaço de constituição de uma subjetividade preventiva.

Palavras-chave: Educação Integral; Subjetividade Preventiva; Tempo

Biografia do Autor

Rochele da Silva Santaiana, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Professora Adjunta  do curso de Pedagogia da Unviversidade Estadual do Rio Grande do Sul e docente do PPGED Mestrado Profissional em Educação

Veronice Camargo da Silva, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Docente Adjunta do Curso de Pedagogia e do PPGED Mestrado Profissional em Educação da UERGS.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó: Argos, 2006.

BARROS, Katia Oliveira de. A Escola de Tempo Integral como Política Pública Educacional: a experiência de Goianésia (2001-2006). Brasília, UnB, 2008. Dissertação (Mestrado em Educação), Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

BRASIL. Portaria N°1.144, de 10 de outubro de 2016. Institui o Programa Novo Mais Educação, que visa melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino fundamental. Diário Oficial da União, nº 196, terça-feira, 11 de outubro de 2016.

BRASIL. Programa Novo Mais Educação: Documento Orientador – Adesão Versão – Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Básica, outubro de 2016.

BRASIL. Plano Nacional de Educação. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Normativa Interministerial nº 17, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa Mais Educação, que visa fomentar a educação integral de crianças, adolescentes e jovens, por meio do apoio a atividades sócio-educativas no contraturno escolar. 2007. Disponível em: . Acesso em: 17 jan. 2008

CAVALIERE, Ana Maria, COELHO, Lígia Martha. Por onde andam os CIEPs? Uma análise após 15 anos. Cadernos de Pesquisa, n. 119, p.147-174, jul. 2003.

COELHO, Lígia Martha C. da Costa. História(s) da Educação Integral. Em Aberto, B v. 22, n. 80, p.83-96, abr. Brasília: 2009.

FOUCAULT, Michel. Tecnologias de Si. Revista Verve, 6: 321-360, PUC/ São Paulo, 2004.

________ A Governamentalidade. In: ______. Microfísica do Poder. 18. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2003a.

________ Verdade e Poder. In. In. ______. Microfísica do Poder. 18. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2003b.

________ Subjetividade e Verdade. Resumo dos cursos do Collège de França (1970-1982). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

LARROSA, Jorge. Tecnologias do Eu e Educação. In. SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.). O Sujeito da Educação: estudos foucaultianos, 5. ed. Petrópolis: Vozes,1994.

LOCKMANN, Kamila. TRAVERSINI, Clarice Salete. Alargamento das funções da escola e redefinição dos conhecimentos escolares: implicações da educacionalização do social. Revista Educação Pública, Cuiabá, v.26, n. 63, set/dez. 2017.

MENEZES, Janaína S. S. Educação Integral & Tempo integral na educação básica: da LDB ao PDE. In: COELHO, Lígia Martha da Costa (org.). Educação Integral em Tempo Integral: estudos e experiências em processo. Petrópolis, R.J.: DP et Alii, Rio de Janeiro: FAPERJ, 2009.

MENEZES, Eliana da Costa Pereira de. A Maquinaria Escolar na produção de subjetividades para uma sociedade inclusiva. Tese (doutorado) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2011.

MOLL, Jaqueline. A agenda da educação integral: compromissos para sua consolidação como política pública. In: MOLL, Jaqueline et al. Caminhos da Educação Integral no Brasil: direito a outros tempos e espaços educativos. Porto Alegre: Penso, 2012.

NÓVOA. Antônio. Professores: imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009.

NUNES, Clarice. Centro Educacional Carneiro Ribeiro: concepção e realização de uma experiência de educação integral. Brasília: Revista Em Aberto, v. 22, n. 80, p.121-134, abr. 2009.

POPKEWITZ, Thomas; OLSSON, Ulf; PETERSSON, Kenneth. Sociedade da Aprendizagem, Cosmopolitismo, Saúde Pública e Prevenção à Criminalidade. Educação e Realidade, Porto Alegre, Faced/UFRGS. v. 34, n.2. Mai/Ago, 2009.

ROSE, Nikolas. Inventando nossos selfs. Petrópolis, Rio de Janeiro. Editora Vozes, 2011.

SARAIVA, Karla. Michel Foucault, discurso e a invenção da verdade. In. LEITE, Miriam, GABRIEL, Carmen Teresa. Linguagem, discurso, pesquisa e educação. Rio de Janeiro, Petrópolis, FAPE, 2015.

Downloads

Publicado

2021-02-06

Como Citar

Santaiana, R. da S., & Silva, V. C. da . (2021). Educação integral e tempo integral: a constituição de uma subjetividade preventiva. EVISTA ELETRÔNICA ESQUISEDUCA, 12(28), 519–533. https://doi.org/10.58422/repesq.2020.e1010