A Corte e as Províncias
conflito de competência na criação das Cadeiras Públicas de Francês no Império do Brasil (1827-1837
Palabras clave:
Ensino de Línguas, História da Educação, Língua FrancesaResumen
Este artigo analisa o processo de criação das Cadeiras Públicas de Francês no Império do Brasil, decorrentes da institucionalização dos cursos jurídicos em Olinda e São Paulo, em 1827, que passaram a exigir, como requisito de entrada, o conhecimento da língua francesa. Seu objetivo é explicitar o modo como sua implantação esteve relacionada a um conflito de competência legislativa entre os presidentes de província e o governo central, bem como as razões pelas quais o seu ensino esteve atrelado a finalidades instrumentais relacionadas à leitura e tradução de obras e autores franceses, de 1827 a 1837, quando foi institucionalizada a Instrução Secundária no Brasil e o francês se torna uma disciplina escolar. Para tanto, fizemos uso de fontes legislativas e da historiografia referente à matéria, bem como de alguns pressupostos teóricos relativos à história cultural.
Citas
ALMEIDA, Jose? Ricardo Pires de. 2000. Historia da Instruc?a?o Pu?blica no Brasil (1500-1889) (1889). Traduc?a?o: Antonio Chizzotti. Sa?o Paulo: EDUC/INEP /Comped.
BRASIL. Relatorio da Repartic?a?o dos Negocios do Imperio apresentado à Assemble?a Geral Legislativa na sessa?o ordinaria de 1834 pelo respectivo Ministro e Secretario de Estado Antonio Pinto Chichorro da Gama. Rio de Janeiro: Na Typographia Nacional, 1834.
BRASIL. Relatorio da Repartic?a?o dos Negocios do Imperio apresentado a? Assemble?a Geral Legislativa na sessa?o ordinaria de 1839 pelo respectivo Ministro e Secretario de Estado interino Francisco de Paula e Albuquerque. Rio de Janeiro: Na Typographia Nacional, 1839.
BRASIL. Collecc?a?o das Leis do Imperio do Brasil de 1837. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1861a, Parte II.
BRASIL. Collecção das Decisões do Governo do Imperio do Brazil de 1836. Typographia Nacional, 1861b.
BRASIL. Collecc?a?o das Leis do Imperio do Brasil de 1837. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1861c, Parte 1.
BRASIL. Collecção das Decisões do Governo do Imperio do Brazil de 1835. Typographia Nacional, 1864.
BRASIL. Collecc?a?o das Leis do Imperio do Brasil de 1834. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1866, Parte Primeira.
BRASIL. Collecc?a?o das Leis do Imperio do Brasil de 1833. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1872, Parte Primeira.
BRASIL. Annaes do parlamento brazileiro. Assembleia Constituinte - 1823. Rio de Janeiro: Typographia do Imperial Instituto Artístico, 1874a, Tomo Segundo.
BRASIL. Annaes do parlamento brazileiro. Camara dos Srs. Deputados. Primeiro anno da primeira legislatura. Rio de Janeiro: Typographia do Imperial Instituto Artístico, 1874b, Tomo Terceiro.
BRASIL. Collecc?a?o das Leis do Imperio do Brasil de 1832. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1874c, Parte Primeira.
BRASIL. Collecc?a?o das Leis do Imperio do Brasil de 1831. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1875a, Primeira Parte.
BRASIL. Collecção das Decisões do Governo do Imperio do Brazil de 1832. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1875b.
BRASIL. Collecc?a?o das Leis do Imperio do Brasil de 1830. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1876, Parte Primeira.
BRASIL. Collecc?a?o das Leis do Imperio do Brasil de 1827. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1878.
CARVALHO, Jose? Murilo de. A Escola de Minas de Ouro Preto: o peso da glo?ria. Belo Horizonte: EDUFMG, 2002.
CARVALHO, Laerte Ramos de. As reformas pombalinas da instrução pública. São Paulo: Saraiva / Ed. da Universidade de São Paulo, 1978.
CASTRO, Paulo Pereira. 1967. “A experie?ncia republicana, 1831-1840”. In HOLANDA, Se?rgio Buarque de. Histo?ria geral da civilizac?a?o brasileira. 2. ed., tomo II, v. 2.. Sa?o Paulo: Difel.
CHARTIER, Roger. À beira da falésia: a história entre incertezas e inquietude. Tradução: Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Ed. Universidade / UFRGS, 2022.
CHERVEL, Andre?. 1990. “Histo?ria das disciplinas escolares: reflexo?es sobre um campo de pesquisa”. Traduc?a?o: Guacira Lopes Louro. Teoria & Educac?a?o. Porto Alegre, n. 2, 1990, p. 177-229
FREYRE, Gilberto. Ingleses no Brasil: aspectos da influência britânica sobre a vida, a paisagem e a cultura do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Topbooks, 2000.
HAIDAR, Maria de Lourdes Mariotto. O ensino secunda?rio no impe?rio brasileiro. Sa?o Paulo: EDUSP / Grijalbo, 1972.
GAZETA UNIVERSAL. Pernambuco, 18 de junho de 1836. Typografia de M.M. V& Comp, 1836.
GAUER, Ruth Maria Chittó. A construção do Estado-Nação no Brasil: a contribuição dos egressos de Coimbra. Curitiba: Juruá, 2001.
MATTOS, Ilmar Rohloff. O tempo saquarema: a formac?a?o do Estado Imperial. 4. ed. Rio de Janeiro: Access, 1999.
NUNES, Joselma Duarte Santiago. As primeiras cadeiras de Francês do Império brasileiro: primórdios de uma disciplina escolar (1831-1837). Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. São Cristóvão, 2018.
OLIVEIRA, Luiz Eduardo. A língua do outro: ensaios sobre ensino, literatura e cultura de língua inglesa no Brasil. Campinas: Pontes, 2022.
OLIVEIRA, Luiz Eduardo. Gramatização e escolarização: contribuições para uma história do ensino das línguas no Brasil (1757-1827). São Cristóvão: Editora UFS / Aracaju: Fundação Oviêdo Teixeira, 2010.
SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822): cultura e sociedade. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2007.
URUGUAY, Visconde do. Estudos práticos sobre a administração das províncias do Brasil. Rio de Janeiro: B. L. Garnier, 1865, 2 v.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Revista Eletrônica Pesquiseduca, Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Católica de Santos (ISSN: 2177-1626) é detentora dos direitos autorais de todos os artigos publicados por ela. A reprodução total dos textos em outras publicações, ou para qualquer outro fim, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do editor. Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, mais de 500 palavras de texto, tabelas, figuras e outras ilustrações) deverão ter permissão por escrito do editor e dos autores.
