REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E A EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL NO ESPAÇO ESCOLAR BRASILEIRO

Autores

  • Mary Francisca do Careno
  • Maria de Fátima Barbosa Abdalla Universidade Católica de Santos

Resumo

Este artigo apresenta resultados de estudos a respeito da questão da interação étnico-racial na escola, à luz da teoria da representação social, ressaltando a existência de uma tensão entre identidade cultural e subjetividade de professores e o discurso da escola a respeito da discriminação racial, vinculada à população negra brasileira. Focaliza o conflito entre realidade adversa e a intenção transformadora da escola e tem por objetivo aprofundar estudos a respeito das vivências raciais em sala de aula, voltando-se para conhecer as representações sociais de professores, reveladas por meio de entrevistas e aplicação de questionários, a fim de conhecer os processos de pertença e participação sociocultural dos sujeitos envolvidos. Os aspectos teóricos da Teoria das Representações Sociais de Moscovici e o conceito de habitus de Bourdieu, vinculados aos estudos de autores que tratam do enfrentamento dos professores com relação à diversidade, dentro de uma dimensão pessoal e de sua identidade social, entre eles, Munanga e Abdalla, organizam e esclarecem nossos objetivos. A análise revela um (des)compromisso dos agentes escolares em combater as formas “sutis” de discriminação na escola por desconhecimento de informações a respeito do tema e/ou pelas imagens e atitudes que assumem diante deste conflito.

Biografia do Autor

Mary Francisca do Careno

 Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Educação - Universidade Católica de Santos

Maria de Fátima Barbosa Abdalla, Universidade Católica de Santos

Doutora em Educação (USP-SP). Docente e Pesquisadora do  Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Educação da Universidade Católica de Santos

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Publicado

2012-10-18