Concepções de docentes de Educação Infantil e suas implicações para a atividade de ensino
DOI:
https://doi.org/10.58422/repesq.2022.e1246Palavras-chave:
Aprendizagem. Desenvolvimento. Psicologia Histórico-CulturalResumo
O texto tem por objetivo analisar as concepções de docentes de uma escola de educação infantil e suas implicações para a organização da atividade de ensino. A pesquisa sustenta-se nos pressupostos da Psicologia Histórico-Cultural e foi desenvolvida em uma escola no município de Porto Velho/RO. Os dados foram produzidos por meio da realização de três rodas de conversa, das quais participaram sete docentes. Os resultados indicam que as docentes atribuem à educação infantil e à própria atuação a função de acompanhar e estimular o desenvolvimento das crianças. Conclui-se que são necessários investimentos na formação docente e também aponta a necessidade de transformações nas condições objetivas de normatização dos processos educativos, de maneira a garantir transformações na escolarização das crianças das escolas públicas brasileiras.
Referências
ARRUDA, M. P.; ANDRADE, I. C. F.; MACHADO, S. S. B. Do paradigma assistencial ao paradigma do desenvolvimento integral da criança: a percepção de professoras da Educação Infantil. Holos, v. 7, p. 91-102, 2018. Disponível em: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/4384. Acesso em: 13 nov. 2019.
ASBAHR, F. S. F. Por que aprender isso, professora? Sentido pessoal e atividade de estudo na Psicologia Histórico-Cultural. 2011. 219 f. Tese (Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano) – Universidade de São Paulo, 2010. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-24032011-094830/publico/teseFlaviaAsbahr.pdf. Acesso em: 14 out. 2019.
ASBAHR, F. S. F. Sentido pessoal, atividade de estudo e educação artística: um estudo de caso. Psicologia Escolar e Educacional, v. 23, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/edur/a/jnc9ZPB9xpmXZDgq4ydDMYq/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 14 nov. 2021.
BRASIL. Lei nº 9394/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 19 out. 2019.
BRASIL. Presidência da República Casa Civil. Emenda Constitucional nº 59. [...] dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos. Brasília, 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc59.htm. Acesso em: 19 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação Infantil. Brasília, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/diretrizescurriculares_2012.pdf. Acesso em: 19 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 19 out. 2019.
DAVIDOV, V. V. La enseñanza escolar e el desarrollo psiquico. Moscú: Editorial Progresso, 1988.
ELKONIN, D. Problemas psicológicos del juego en la edad preescolar. In: DAVÍDOV, V. V.; SHUARE, M. La psicologia evolutiva e pedagógica em la URSS. Moscú: Editorial Progresso, 1987.
FARIAS; R. N. P. Fundamentos da Educação Infantil: marcos legais, conceitos da Teoria Histórico-Cultural e práticas com a cultura escrita. In: VIEIRA, D. C. S. C. FARIAS; R. N. P.; MIRANDA, S. Educação Infantil na Perspectiva Histórico-Cultural: Concepções e Práticas para o Desenvolvimento Integral da Criança. Carlos: Pedro & Joa?o Editores, 2020, p. 15-44.
FLORES, M. L. R.; ALBUQUERQUE, S. S. Direito à educação infantil no contexto da obrigatoriedade de matrícula escolar na pré-escola. Textura-Revista de Educação e Letras, v. 18, n. 36, 2016. Disponível em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/txra/article/view/1726. Acesso em: 27 out. 2019.
FRANCO, A. F.; MARTINS, L. M. Palavra escrita: vida registrada em letras. A Alfabetização para além da Política Nacional de Alfabetização (PNA). Goiânia-GO: Editora Phillos Academy, 2021.
GOMES, V. S.; LAVOURA, T. N. Crítica à Base Nacional Comum Curricular: em Busca do Ensino Desenvolvente na Educação Infantil. Seminário Gepráxis, v. 8, n. 13, 2021. Disponível em: http://anais.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/view/9830. Acesso em: 19 out. 2021.
KUHLMANN JUNIOR, M. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.
LAZARETTI, L. M. Idade Pré-Escolar (3-6 anos) e a Educação Infantil: A brincadeira de papéis sociais e o ensino sistematizado. In: MARTINS, L. M.; ABRANTES, A. A.; FACCI, M. G. D. Periodização histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice. Campinas: Autores Associados, 2016, p. 129-147.
LAZARETTI, L. M.; MAGALHÃES, G. M. A primeira infância vai à escola: em defesa do ensino desenvolvente para todas as crianças. Obutchénie: Revista de Didática e Psicologia Pedagógica, p. 1-21, 2019. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/Obutchenie/index. Acesso em: 08 set. 2021.
LEONTIEV, A. Actividad, Conciencia y Personalidad. Buenos Aires, AG: Ciências del Hombre, 1978.
LEONTIEV, A. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: VIGOTSKII, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 11 ed. São Paulo: Ícone, 2010, p. 119-142.
MAGALHÃES, C. Implicações da teoria histórico-cultural no processo de formação de professores da Educação Infantil. 2014. 198 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Marília, 2014. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/110468#:~:text=Os%20resultados%20indicaram%20que%20a,dire%C3%A7%C3%A3o%20a%20uma%20educa%C3%A7%C3%A3o%20desenvolvente. Acesso em: 02 nov. 2021.
MARSIGLIA, A. C. G.; SACCOMANI, M. C. S. Contribuições da periodização histórico-cultural do desenvolvimento para o trabalho pedagógico histórico-crítico. In: MARTINS, L. M.; ABRANTES, Â. A.; FACCI, M. G. D. Periodização histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice. Campinas: Autores Associados, 2016, p. 343-368.
MARTINS, L. M. O desenvolvimento do psiquismo e a educação escolar: contribuições à luz da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica. 2011. 249 f. Tese (Livre-Docente em Psicologia da Educação) - Faculdade de Ciências da Universidade Estadual Paulista, campus de Bauru, Bauru, 2011. Disponível em: https://formacaodocente.files.wordpress.com/2012/09/martins_ligia__o_desenvolvimento_do_psiquismo_e_a_educacao_escolar.pdf. Acesso: 04 out. 2021.
MENDONÇA, F. W. A organização da atividade de ensino como processo formativo do professor alfabetizador: contribuições da teoria histórico-cultural. 2017. 247 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá, 2017. Disponível em: http://www.ppe.uem.br/teses/2017/2017%20-%20Fernando%20Wolff.pdf. Acesso: 02 ago. 2021.
MOURA, A. F.; LIMA, M. G. A reinvenção da roda: roda de conversa: um instrumento metodológico possível. Revista Temas em Educação, v.23, n. 1, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rteo/article/view/18338/11399. Acesso em: 30 jul. 2021.
MUKHINA, V. Psicologia da idade pré-escolar. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
NEVES-PEREIRA, M. S.; BRANCO, A. U. Criatividade na educação infantil: contribuições da psicologia cultural para a investigação de concepções e práticas de educadores. Estudos de Psicologia (Natal), v. 20, n. 3, p. 161-172, 2015. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-294X2015000300161&script=sci_arttext. Acesso em: 05 nov. 2019.
PASQUALINI, J. C. Princípios para a Organização do Ensino na Educação Infantil na Perspectiva Histórico-Cultural: um estudo a partir da análise da prática do professor. 2010. 268 f. Tese (Doutorado em Educação Escolar) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2010. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/101525/pasqualini_jc_dr_arafcl.pdf?sequence=1. Acesso em: 02 jan. 2019.
PASQUALINI, J. C.; EIDT, N. M. Periodização do desenvolvimento infantil e ações educativas. Proposta pedagógica para a Educação Infantil do Sistema Municipal de Ensino de Bauru. Bauru: Secretaria Municipal de Educação. Disponível em: http://ead.bauru.sp.gov.br/efront/www/content/lessons/120/Proposta_Periodiza%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 02 jan., 2019. p. 101-148, 2016.
PEROZA, M. A. R.; MARTINS, P. L. O. A formação de professores para a educação infantil no limiar dos vinte anos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. Revista Diálogo Educacional, v. 16, n. 50, 2016. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/dialogoeducacional/article/view/2860. Acesso em: 17 ago. 2021.
PESSOA, C. T. et al. Concepções de educadores infantis sobre aprendizagem e desenvolvimento: análise pela psicologia histórico-cultural. Psicologia Escolar e Educacional, v. 21, n. 2, p. 147-156, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-85572017000200147&script=sci_arttext. Acesso em: 19 dez. 2019.
SAMPAIO, J. et al. Limites e potencialidades das rodas de conversa no cuidado em saúde: uma experiência com jovens no sertão pernambucano. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 18, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/dGn6dRF4VHzHQJyXHNSZNND/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 02 dez. 2019.
TEIXEIRA, M. A.; NITSCHKE, R. G.; PAIVA, M. S. Análise dos dados em pesquisa qualitativa: um olhar para a proposta de Morse e Field. Rev. Rene, v. 9, n. 3, 2008. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3240/324027963017.pdf. Acesso em: 09 ago. 2021.
VYGOTSKY, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VYGOTSKYI, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 11. ed. São Paulo: Ícone, 2010, p. 103- 117.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Revista Eletrônica Pesquiseduca, Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação - Universidade Católica de Santos (ISSN: 2177-1626) é detentora dos direitos autorais de todos os artigos publicados por ela. A reprodução total dos textos em outras publicações, ou para qualquer outro fim, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do editor. Reproduções parciais de artigos (resumo, abstract, mais de 500 palavras de texto, tabelas, figuras e outras ilustrações) deverão ter permissão por escrito do editor e dos autores.