Identidades Profissionais no Brasil e em Moçambique:
Diálogos entre Representações Sociais, Habitus e Diferença Cultural
DOI:
https://doi.org/10.58422/repesq.2024.e1602Palabras clave:
Representações sociais, Habitus, Diferença cultural, Identidade e políticas educacionais e curricularesResumen
Refletir sobre como os conceitos de Representações sociais, Habitus e Diferença cultural podem contribuir para olhar para a questão de identidade social/cultural/profissional/docente é o desafio desta produção discursiva. A mescla de contribuições teórico-metodológicas das teorias críticas e pós-críticas permite pensar a temática de identidade sob diferentes pontos de vista, trazendo algumas aproximações e distanciamentos quanto a sua (im)possibilidade. Trata-se de tomar alguns pontos documentais das políticas educacionais e/ou curriculares do Brasil e de Moçambique para averiguar até que ponto os currículos únicos têm a pretensão de homogeneizar sujeitos, em um contexto em que tentar “cristalizar” a identidade parece um projeto (im)possível. Enquanto uns defendem a constituição da identidade, outros propõem o conceito de identificação que permite a produção de sujeitos traduzidos e enunciados em uma constante diferença cultural.
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