Vieses manhosos de uma academia que acha não os ter
DOI :
https://doi.org/10.58422/repesq.2021.e1044Mots-clés :
Escola. Humanização. Tecnologias digitaisRésumé
Na era das fake news, argumentar tornou-se tanto mais relevante porque, com apoio de tecnologias digitais, é possível armar cenários poderosos para confundir as pessoas, denegrir, insultar, excluir em especial em ambientes de disputa política e ideológica (Pacchioni, 2018). A analítica digital, um dos últimos saltos digitais mais incisivos (Gerrish & Scott, 2018), capaz de vasculhar padrões comportamentais subjacentes em profundezas que vão até ao inconsciente e com isso influir no inconsciente (Schneider, 2019), permite manipular referendos, eleições, opinião pública, campanhas políticas, emitindo mensagens engenhosamente direcionadas para atingir em cheio as vítimas (Russell, 2019). Esta capacidade sibilina, facilitada por acesso a megadados, está presente nas tecnologias de vigilância que evoluíram aceleradamente para combater o terrorismo (em especial depois do evento de 11 de setembro), tornando-se mais terrorista que as táticas do terrorismo! (Zuboff, 2019; Means, 2018). Existe nas tecnologias a pretensão de penetrar a mente do outro, não diretamente (é impossível, pelo menos por enquanto), mas via padrões recorrentes do modo de pensar, a ponto de ser possível apresentar o que o outro quer ouvir, o que, entre outras coisas, torna anúncios tanto mais fatais (Wu, 2016).
Palavras-chave: Escola. Humanização. Tecnologias digitais.
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