Escola do Campo: uma análise dimensional das representações sociais de professores

Autores

  • Taynah de Brito Barra Nova UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE PENAMBUCANO UFAP
  • Laeda Bezerra Machado UFPE

DOI:

https://doi.org/10.58422/repesq.2022.e1284

Palavras-chave:

Escola do campo, Professores, Dinâmicas, Representações sociais

Resumo

Este artigo, recorte de uma pesquisa mais abrangente, tem como objetivo explorar as dimensões (informação, atitute e campo representacional)  nas representações socias de escola do campo construidas por professores que atuam nessas instituições. Desenvolvemos um estudo qualitativo delineado como pesquisa de campo e contamos com a colaboração de 35 docentes de um munícipio no interior do estado de Pernambuco. Por meio da entrevista semiestruturada, com esses professores, identificamos elementos relacionados às três dimensões das representações sociais:  informação, imagem e atitude. Os resultados indicam que esses docentes compartilham da representação social da Escola do Campo como uma instituição que, ao proporcionar às novas gerações campesinas o acesso e apropriação dos conhecimentos, favorece a migração campo/cidade. Nas representações dos entrevistados, o abandono do campo é impulsionado por supostas  vantagens que a vida citadina pode oferecer, a  análise dimensional dessas representações evidencia um alinhamento aos pressupostos que sustentam essa dicotomia.

 

Biografia do Autor

Taynah de Brito Barra Nova, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AGRESTE PENAMBUCANO UFAP

Doutora em educação pela UFPE. Professora da Universidade Federal do Agreste Pernambucano (UFAP). Contato: tbarranova@gamil.com

Laeda Bezerra Machado, UFPE

Doutora em Educação, Professora titular do Departamento de Administração Escolar e
Planejamento Educacional. Docente do Programa de Pós-graduação em Educação - Centro
de Educação Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Linha de pesquisa: Formação de
professores e prática pedagógica. Bolsista de produtividade em Pesquisa pelo CNPq. E-mail:
laeda01@gmail.com Orcid: https://orcid.org/0000-0002-9524-0319

Referências

ARROYO, M. G.; CALDART, R. S.; MOLINA, M. C. Por uma educação do campo. Petrópolis: RJ: Vozes, 2004.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Portugal. Edições 70. 2004.

BRASIL. Ministério da Educação. Parecer nº 36, de 04 de dezembro de 2001. Define as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 11, 13 mar. 2002. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6803-pceb036-01&Itemid=30192. Acesso em: 18 jul. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº 1, de 03 de abril de 2002. Institui as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 32, 9 abr. 2002. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/escola-de-gestores-da-educacao-basica/323-secretarias- 112877938/orgaos-vinculados-82187207/13200-resolucao-ceb-2002. Acesso em: 22 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 7.352, de 04 de novembro de 2010. Dispõe sobre a Política de Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 212, p. 1, 5 nov. 2010a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/marco-2012-pdf/10199-8-decreto-7352-de4-de- novembro-de-2010/file. Acesso em: 09 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 824, 14 jul. 2010b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf. Acesso em: 18 jul. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB nº 2, de 28 de abril de 2008. Institui as Diretrizes Complementares, Normas e Princípios para o Desenvolvimento de Políticas Públicas de Atendimento da Educação Básica do Campo. Diário Oficial da União: seção 2, Brasília, DF, p. 39, 2 maio 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/resolucao_2.pdf. Acesso em: 09 jul. 2020.

CALDART, R. S. Por uma educação do campo: traços de uma identidade em construção. In: ARROYO, M. G.; CALDART, R. S.; MOLINA, M. C. Por uma educação do campo. Petrópolis: RJ: Vozes, 2004. p. 18-25.

JESUINO, J.C. Um conceito reencontrado. In: ALMEIDA, A.M.O.; SANTOS, M.F.S.; TRINDADE, Z.A. (org.). Teoria das Representações Sociais: 50 anos. 2 ed. Brasília: Technopolitik, 2014. p. 211-237.

KOLLING, E. J.; CERIOLI, P. R.; CALDART, R. S. (Orgs.). Educação do Campo: identidade e políticas públicas. Brasília: Articulação Nacional por uma Educação do Campo, 2002.

MOSCOVICI, S. A Representação Social da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

MOSCOVICI, S. Representações Sociais: investigações em Psicologia Social. Tradução: Pedro Guareschi. Petrópolis: Vozes, 2003.

RIBEIRO, M. Educação Rural. In: CALDART, R. S. et al. (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro, São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Expressão Popular, 2012. p. 293–299.

SANTOS, M. F. S. A Teoria das Representações Sociais. In: SANTOS, M. F. S.; ALMEIDA, L. M. (Orgs.). Diálogos com a Teoria das Representações Sociais. Recife: Ed. Universitária da UFPE/ Ed. Universitária da UFAL, 2005. p. 13-38.

Downloads

Publicado

2022-12-29

Como Citar

DE BRITO BARRA NOVA, T., & Bezerra Machado, L. . (2022). Escola do Campo: uma análise dimensional das representações sociais de professores . EVISTA ELETRÔNICA ESQUISEDUCA, 14(35), 699–713. https://doi.org/10.58422/repesq.2022.e1284