v. 15 n. 39 (2023): Práticas inclusivas e processos escolares emancipatórios
As práticas autenticamente pedagógicas carregam em sua concepção os princípios que pautam os processos inclusivos. Tais processos caminham além do mero acolhimento, assegurando que numa sociedade de relações contraditórias, excludentes, desiguais, opressivas, a Pedagogia há que se fazer emancipatória e crítica, na continua busca de mais humanidade nos homens, o que se fará por meio da transformação das condições que produzem exclusão/opressão.
Na perspectiva de uma pedagogia crítica que considera, entre outros pressupostos, que a finalidade da educação é formar sujeitos conscientes de seu lugar no mundo; sujeitos que, no processo educativo, aprendam a dar nome e sentido ao mundo; e não sujeitos despersonalizados e objetos à mercê de processos tecnicistas que apenas desfiguram as possibilidades de uma pedagogia crítica e transformadora.
A educação transformadora é aquela que se opõe à perspectiva meramente mercadológica e que coloca em prática valores humanistas e democráticos, com vista à formação de uma sociedade de sujeitos. (Editorial, n. 39)